A primeira ocorreu no
sábado, 9 de Janeiro de 1943, quando um Short
S-26, da British Overseas
Airways, com a matrícula G-AFCK e a
capacidade máxima de quinze passageiros, se despenhou no rio Tejo matando 13
passageiros e tripulantes.
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Avião semelhante ao sinistrado |
Parado há longos dias no
Tejo, no aeroporto de Cabo Ruivo, devido a uma avaria num dos seus motores, foi
este substituído por um novo vindo de Inglaterra, após o que se seguiria o
normal voo de experiência.
Sem se saber o porquê, foram aceites para
entrarem no avião, como lastro necessário, diversos habitantes da zona e
funcionários do aeroporto, que desde o dia anterior se concentraram em Cabo
Ruivo, para poderem ter o privilégio, então ainda mais raro, de voar.
É assim, que pelas 9h55m da
manhã, o pesado hidroavião iniciou a descolagem da base de Cabo Ruivo até à
barra do Tejo.
As comunicações via rádio,
com a torre, relataram que tudo se encontrava normal, até que, pouco depois da
última comunicação, pelas 10h25m, numa
altura em que o aparelho voava a cerca de 100 metros de altura, entre o
Terreiro do Paço e Xabregas, começaram a sair labaredas de um dos motores do
lado direito.
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In Diário de Lisboa |
Segundo as testemunhas, o
piloto apercebendo-se da tragédia eminente terá tentado amarar, sucedendo que
quando se encontrava a poucos metros da água, o aparelho afocinhou e entrou
pelo Tejo dentro, levantando grandes colunas de água.
De nada serviram os
esforços das diversas embarcações que acorreram ao local, deparando com destroços
e corpos inanimados.
Somente duas pessoas
sobreviveram dos quinze, que se encontravam a bordo, sendo uma delas tripulante
e a outra um passageiro.
À imprensa da época,
relatou o passageiro sobrevivente “quando o avião voava sobre o Beato,
ouviu-se formidável explosão. Ele e a
sua mulher foram imediatamente projetados na água. Nadaram ambos até que ele
perdeu os sentidos e só voltou a dar conta de si quando o tiraram duma
embarcação para o conduzirem ao hospital”.
Decorrente da normal
dificuldade de retirar os destroços do rio, somente muitos dias depois foi
possível içar as partes possíveis do avião, com o auxílio de gruas e de
mergulhadores. Rezam os jornais da
época, que na origem do acidente, poderá ter estado uma fuga de gasolina.
Meu avô Manuel Gonçalves Vidal,viajava com alguma regularidade para a
ResponderEliminarMadeira e Açores nos hidroaviões.Fui esperá lo várias vezes com minha avó Clara e minha irmã.Carlos Vidal
Muito obrigado pelo seu comentário. Certamente faria esses voos na Aquila Airways empresa inglesa que efetuou até 1958, os voos entre Lisboa e o Funchal. Alguns dos seus hidroaviões permaneceram abandonados na doca dos olivais em Lisboa, para gáudio de todos os que ali passavam, nos quais me incluo.
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